sexta-feira, janeiro 12, 2007


  • Olhar da Semana:


Porquê Figueira da Foz?
Ficus carica (Lineu)


“ Figueira és bela, porém
Tens parte no penar de Judas
E no meu também.”

Raul Traveira


Consta que existia junto da confluência da rua da Fonte com a ribeira que percorre o vale das Abadias, uma fonte muito farta de águas que, além de alimentar generosamente uma frondosa Figueira e abundantes doces figos, atraía tripulantes das embarcações que não só demandavam o estuário do Mondego, como as que se faziam ao mar, fazendo aguada (abastecimento de embarcações, com água doce).

Esta, a explicação que nos parece mais plausível entre as diversas versões para esclarecimento da origem do topónimo (nome de uma região) da cidade.
Entre todas as inumeráveis espécies já estudadas do reino vegetal, são os vasos lacticíferos da árvore figueira as células mais longas, que se estendem desde os vértices vegetativos das suas raízes até aos extremos dos ramos, também vértices vegetativos.
Semelhantemente, desagua na Figueira da Foz o rio mais extenso da nossa hidrografia, porventura o único acidente hidrográfico do Planeta, cujo nome se reitera no mar, dando o nome ao Cabo Mondego.


“E agora? Agora eu rio
Rio, rio, rio.
Rio até me consumir.
Da nascente do rio, ao extremo do cabo
Eu não acabo de Rir.”

Raul Traveira


Os rios Mondego e Zêzere são dois irmãos colaços, filhos da “Eterna Fonte Natural” (Pitágoras-Versos de Ouro-símbolo da Ética) da Serra da Estrela, a mais alta cota entre todas as elevações portuguesas.
A fusão dos glaciares nas encostas da Serra, faz do Mondego e Zêzere dois gigantes entre os mais caudalosos rios do Mundo.
Assim: os caudais máximos do Douro e Tejo são 77 e 70 vezes superiores aos caudais mínimos respectivamente, mas o Mondego ultrapassa 3000 vezes mais o menor caudal (da obra “ Ó da Barca” excelente publicação do arquitecto Simões Dias, patrocinada pela Câmara Municipal de Penacova), carreando em épocas de cheias (habitualmente 6 por ano) mais de uma tonelada de areia por segundo, de aí, o lógico, consequente açoreamento do rio e da barra originando sucessivos prolongamentos dos molhes, na tentativa de garantir o calado(altura do navio abaixo da linha de flutuação) suficiente para o trânsito das embarcações.
Por isso, a altura das areias no leito do açude de Coimbra é da ordem de 30 metros. Areias estas que soterraram o Convento de Santa Clara a Velha. Consequências provenientes do descuido, por dezenas de anos, da arborização das encostas.
É natural que se agrave o problema, em consequência dos devastadores incêndios das matas, não só em toda a bacia do Mondego como em toda a devastada região centro do País.


O rio Mondego, segundo o distinto poeta, jornalista Peruano José Miguel Santolaya e Silva é o rio mais inteligente da Península Ibérica porque no curso superior corre em direcção a Espanha e depois de contornar a Serra da Estrela, corre para Portugal, encontrando o Atlântico na Figueira da Foz.




  • Olhar Fotográfico:
Onde o Rio acaba e o Mar começa!



Grupo:










































Mar:






















































Molhe:









































































































































Praia:



















































































































































































  • Web Olhar:

O espaço reservado às suas dúvidas da Língua Portuguesa.

www.tunabruna.com ( o site da nossa tuna figueirense, que percorre o país inteiro cantando a nossa cidade)



Colaboração: Gresfoz







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