sábado, fevereiro 24, 2007

  • Olhar da Semana:
Ao Prof. Dr. Joaquim de Carvalho, modesta, sincera reverência a muito alta excelência.

Quando nos referimos ao "nosso" professor não falamos de um mero professor mas sim, de um expoente máximo da Cultura Portuguesa não só pelo seu legado (publicando 40 volumes e diversos ensaios), mas também pela pessoa que foi, colocando sempre a Cultura e o ensino em primeiro plano.
Seria impossível dizer tudo acerca de Joaquim de Carvalho num espaço tão limitado. Contudo seleccionámos o que pensamos ser o mais importante.

Nasceu na Figueira da Foz em 10.6.1892 (Dia de Camões) e faleceu em 27.10.1958.

Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1914 e em Letras em 1915. Em 1917 doutorava-se na faculdade de Letras.

Dedicou-se sobretudo ao estudo de temas renascentistas e medievais, com destaque para a cultura portuguesa dos séculos XV e XVI e a estudos, mais tarde ampliados com novas investigações e sínteses históricas, reunidos em 1947 e 1949, em dois valiosos volumes da Acta Universitatis Conimbrigensis.

Foi director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, professor da Escola Normal Superior de Coimbra e, de 1921 a 1935, administrador da Imprensa da Universidade, sobre a qual fez como que um prolongamento da sua cátedra universitária, promovendo a publicação de edições esgotadas de grandes clássicos da literatura (Scriptores rerum Lusitanarum e Biblioteca dos Escritores Portugueses), iniciando uma biblioteca dos novos ensaístas portugueses e criando a Biblioteca de Filósofos e Moralistas, que tornou possível aos estudiosos nacionais conhecer alguns dos grandes pensadores estrangeiros de todos os tempos.

Foi sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa, Cavaleiro da Legião de Honra, moderador da “Societas Spinosana “ de Haia e Doutor “Honoris Causa” pelas Universidades de Montpelier, Salamanca e São Paulo.

Tomou parte no Congresso Internacional de Filosofia, em Oxford, e nos congressos espinosanos (Bento Espinosa-Filósofo inspirador de Einstein, nascido em Amesterdão no seio de uma família judaico portuguesa) na Haia em 1917 e 1934. Em Maio de 1946 representou a cultura portuguesa nas festas comemorativas da fundação da Universidade de Montpelier.

Alarga-se no mundo a digressão do Prof. Joaquim de Carvalho como estudioso do ensino e da cultura. Pessoalmente ou através de instrumentos escritos, marca ainda presença na Argentina, Brasil, Espanha, França, Bélgica, Suíça e Itália.

A sua bibliografia é vastíssima, destacando-se os estudos da História da Ciência Portuguesa e a História da Filosofia Portuguesa.

Conhecido pelas suas opiniões adversas à Ditadura e ao Estado Novo, sofreu algumas perseguições que não chegaram, todavia, a despojá-lo da cátedra.

A nossa antiga Escola Secundária nº2 da Figueira da Foz, que primeiramente foi Liceu Nacional, denomina-se agora com toda a destinção“Joaquim de Carvalho”por acção fundamental do Dr. José Pires Lopes de Azevedo. Por ocasião do 1º Centenário do seu nascimento, a Câmara Municipal da Figueira da Foz fez erguer uma estátua, da autoria do escultor figueirense Prof. Gustavo Bastos, na rotunda das Abadias, próxima da Escola.
Foi também dado o seu nome à avenida que atravessa as Abadias, ligando as ruas Joaquim Sotto Maior e Fernandes Coelho.

Adaptação e correcção do livro "Maçonaria na Figueira"


Continuando com a elaboração do trabalho a que nos propusemos para alcançarmos os objectivos enunciados transcrevemos do nº9 "Miscelânea de Estudos a Joaquim de Carvalho" distribuídos e publicados postumamente pela "Publicações Europa-América", textos de homenagem de entidades ilustres contemporâneas do mais alto relevo da nossa Cultura:

















































































  • Olhar Fotográfico:

O desleixo!

Escultura"O desleixo"de João Sotero:














































































Escultura Prof. Gustavo Bastos:




































































































































Sua triste casa:































































































Descanso:























Epitáfio do ilustre João de Barros, maior poeta figueirense.




Colaboração: Gresfoz



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